Pró-reitor de Cultura da PUC-SP responde a 4 perguntas sobre ação de fiscais no câmpus
Bruna Tiussu - Especial para O Estado de S. Paulo
SERGIO NEVES/AE
E já deu resultado?
Os estudantes se negam a dar o nome aos fiscais, o que já esperávamos. Porém, a fiscalização causou natural inibição do uso de maconha e constatamos uma queda de abordagens: hoje são 10 usuários por dia, já é um avanço. E, quando tivermos a identificação, vamos conduzir os alunos, obrigatoriamente, a acompanhamento socioeducativo.
Qual o maior obstáculo para o sucesso da iniciativa?
O questionamento com os alunos é o maior desafio. Há um grupo de estudantes pouco aberto ao diálogo, mas não abdicamos. Não estamos fazendo política linha-dura, como dizem por aí, nem é uma medida moralista. O objetivo é questionar os mal-estares do mundo atual, e o uso de drogas é um deles.
Haverá outras medidas?
Acho que não precisaremos impor meios de identificação pessoal ou catracas. Os 120 fiscais transitam por todo o câmpus, menos nos centros acadêmicos, por ordem do reitor, mas isso ainda não virou um empecilho à campanha. Houve boatos de plaquinhas nas portas dos CAs dizendo que ali é ambiente livre para fumar. Caso haja problemas, repensaremos a questão. Damos um grau de liberdade interessante aos alunos e à comunidade, prezamos a boa presença da PUC no município, aberta para o trânsito de não-alunos, e queremos mantê-la assim.
http://www.estadao.com.br/suplementos/not_sup395524,0.shtm
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