Por Rubão Almeida
Existem dias que começam antes da meia noite, e hoje começou ontem, quando eu ví na televisão uma notícia sobre o extremamente debilitado estado de saúde de Sócrates, o ex jogador do Corinthians. Imediatamente algo me dizia que aqueles seriam os últimos momentos do Doutor, como era conhecido pela maioria daqueles que o viram dar espetáculos, em seus jogos com a camisa do Timão e da seleção brasileira.
Acabei acordando hoje, com a notícia do falecimento do Dr. Sócrates, às 4:30 da manhã, e logo percebí que este seria um dia diferente, daqueles para entrar para a história. Tudo porque hoje era o dia em que o Corinthians iria decidir o Campeonato Brasileiro de 2011, com o rival histórico, o Palmeiras. E no caso de conquista do título, seria um dia triste, mas que ficaria marcado na história do clube, como o Dia de Sócrates, pela conquista do brasileirão.
E assim foi, o Timão chegou ao seu quinto título brasileiro, para a glória máxima de um de seus maiores ídolos, que foi como um maestro na regência de sua orquestra. O time apresentou um futebol, que está longe de ser comparável àquele em que o Dr. jogou, em sua gloriosa passagem pelo Corinthians, mas foi suficiente para garantir o empate contra o Palmeiras e conquistar o quinto brasileirão. A partir de agora, quando contarmos a história do Timão, vamos ter de falar deste dia e lembrar de um dos maiores ídolos da história do clube.
Em diversas redes sociais, pela internet, foram vistas mensagens de homenagem ao doutor, de pessoas que são torcedoras de diversos times, por onde ele jogou, ou simplesmente, de amantes do futebol arte, que assim como eu, aprendeu a admirar o futebol de toda uma geração, que se preocupava apenas em jogar o fino da arte do futebol.
Contemporâneo de gênios como Zico, Júnior, Roberto Dinamite, Éder, Casagrande, entre muitos outros, que fizeram a alegria de milhões de torcedores, que assistiam futebol entre as décadas de 70 e 80, do século XX. Sócrates fez fama ao conquistar os títulos paulistas de 1979, 1982 e 1983, pelo Corinthians, além de ter participado das Seleções que disputaram as Copas de 1982 e 1986, sob a batuta do maestro Telê Santana. Também jogou na Fiorentina, da Itália, no Flmaengo e no Santos, no final da década de 80, onde demonstrou suas jogadas de calcanhar, que se tornaram sua marca registrada, sendo autor de vários gols importantes, como os da seleção brasileira na Copa de 1982.
Sócrates deixará saudades e suas jogadas ficarão na memória de muitos corintianos, por várias gerações, que se lembrarão do dia em que o doutor foi embora, para ver o Timão campeão de um outro plano. Descanse em paz, doutor da bola e parabéns ao Corinthians, pelo seu quinto Campeonato Brasileiro!!
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