sexta-feira, 26 de março de 2010

Finesse


FSP, 15 de março de 2010


Algumas questões são tratadas de forma grosseira porque temos pressa em resolvê-las


por LUIZ FELIPE PONDÉ


O FILÓSOFO francês Blaise Pascal (século 17) dividia a inteligência em dois tipos de "espíritos". "Espírito", aqui, significa "atividade intelectual" e não alma penada ou um princípio pessoal e imaterial como no kardecismo. Os dois tipos são: o espírito geométrico e o espírito de "finesse".


O primeiro teria como vocação lidar com um grande número de questões ao mesmo tempo, arranjando-as de modo linear e encadeado, a fim de gerar deduções lógicas generalistas e de grande alcance. O segundo teria uma vocação para o detalhe e a sutileza, lidando melhor com um pequeno número de variáveis a cada vez, e fugindo das generalidades apressadas.


O geométrico ama a pressa e os resultados eficazes, o de "finesse" cultua a paciência e o cuidado, mas pode ser de eficácia duvidosa. Normalmente eu tendo para o espírito de "finesse". O problema é que numa sociedade gigantesca como a nossa, com problemas de dimensões estatísticas, o espírito geométrico tende a devorar a alma. E, por definição, a alma vive mal na geometria. Seu habitat natural é a "finesse" porque a geometria tende ao grosseiro quando envolve seres humanos.


Em nossa complexa sociedade, algumas questões são tratadas de forma grosseira porque nós temos pressa em resolvê-las ou porque queremos fazer mentiras passarem por verdades. E aí, nós caímos num frenesi geométrico.


Leitores perguntam qual é minha posição quanto ao tema das cotas nas universidades. Outros, perguntam-me: "Você é a favor ou contra os direitos gays?".


O frenesi geométrico tende a dar respostas afeitas ao gosto de políticas públicas e movimentos sociais. Respostas geométricas são assim: "sou a favor" ou "sou contra" cotas ou direitos gays. E pronto.


Confesso: tenho alergia a esse negócio de "movimentos sociais" e suspeito muito do caráter de quem vive sempre metido neles. Não existe algo chamado "multidão do bem", toda multidão é do mal. Recentemente ouvi um comercial no rádio que falava "todos juntos com uma só vontade e um só objetivo" (algo assim). Sinto um frio na espinha quando vejo "vontades unidas", pouco importa para quê.


Perdoe-me se isso parece uma falha de caráter, ou, quem sabe, se não sofri o suficiente na vida até hoje para confiar em multidões do bem, ou se conheço muitas mulheres bonitas e que gostam de tomar vinho antes do sexo. Na vida de um homem, o que decide sua realização é sempre sucesso profissional e sucesso com as mulheres, quem disser o contrário mente. Minha suspeita básica é de que desde os irmãos Caim e Abel (Caim matou Abel por inveja do amor de Deus pelo irmão), detestamos a felicidade no outro.


Mas e as cotas e os direitos gays? Tentemos uma resposta sem pressa.


Sou contra cotas raciais. Não acredito nessa coisa de dívidas históricas. Acho que isso serve para intelectuais fazerem carreiras ideologicamente orientadas (porque as universidades vivem sob repressão ideológica) e para pessoas politicamente articuladas garantirem seu futuro burocrático.


Sim, reinos africanos participavam do mercado de escravos e praticavam escravidão entre eles. Dizer que a escravidão dos africanos no Brasil foi uma mera questão de "europeus contra negros" é mentira. E mais: essa prática de cotas raciais (racismo "do bem") é tão racista quanto qualquer outra.


Dizer que reinos africanos e africanos libertos da escravidão no Brasil participaram do comércio de escravos não é "preconceito contra negros". Aqueles que afirmam isso o fazem por má fé.
Sou a favor de cotas em universidades públicas para estudantes de escolas públicas que se destacam em sua vida estudantil porque eu acredito em recompensar o mérito.


E os direitos gays? Não acho que gays devam ter direitos especiais. Leis que criminalizam gestos e palavras "contra os gays" para mim são mero fascismo.


Cirurgia para troca de sexo pago pelo Estado é um abuso para o contribuinte. Acho uma bobagem essa coisa de "homoafetividade".


É um abuso quando professores de educação sexual dão bananas para meninos colocarem camisinha com a boca, como se ser gay fosse "normalzinho". Deve-se respeitar o mal-estar das pessoas diante disso, e querer "formar" mentes nesse nível não é função da escola.


Entretanto, sendo gays pessoas comuns, acho que, sim, eles devem ter o mesmo direito que os outros: o direito de casar, criar filhos e ser (in)feliz no amor e na vida como todo mundo.


Fonte: Folha de São Paulo; Ad Hominem


quarta-feira, 24 de março de 2010

Weissbier do Sepultura

SEPULTURA WEISSBIER // Em 2009 o Sepultura completou 25 anos de existência. Não são muitos que completam um quarto de século e ainda tem muita inspiração para se aventurar em novos terrenos. Depois de 12 discos, mais de 15 milhões de cópias vendidas, shows nos 5 continentes, o Sepultura se reúne para um trabalho diferente. Não é mais um álbum, não é mais um show. O Sepultura está concentrado no desenvolvimento de sua cerveja para brindar seus 25 anos de estrada junto com seus fãs! A primeira cerveja de uma banda brasileira é produzida pela Fábrica do Chopp, microcervejaria de São Paulo. A cerveja Weiss do Sepultura foi selecionada entre distintas fórmulas, chegando a um sabor e aroma que agradasse os quatro membros da banda. Com o aval de Andreas, Derrick, Jean e Paulo, os fãs podem ouvir as músicas do grupo acompanhadas com a cerveja do Sepultura.

WEISSBIER // A cerveja de trigo, original da Bavária na Alemanha, já foi privilégio de reis e príncipes. A partir da década de 80, os fãs de cerveja redescobriram seu sabor e espalharam desde a Bavária para todo o mundo uma onda de Weissbier, que instigou cervejeiros de todos os cantos do planeta. O seu apelo internacional tomou de assalto o Reino Unido, os Estados Unidos e muito outros países que hoje produzem a cerveja de trigo, seguindo a tradição da Weissbier Bávara. Geralmente a cerveja de trigo não é filtrada, conferindo uma aparência opaca, mas muito clara, com espuma branca e sempre efervecente.


FÁBRICA DO CHOPP // Em 2004, seis amigos realizaram o sonho de ter a sua própria fábrica de cerveja quando começaram a produzir a rtesanalmente o chope Imperatriz. No mesmo ano foi aberta a Fábrica do Chopp, uma microcervejaria com tonéis de aço inox junto ao bar-restaurante, onde são produzidos quatro tipos de chope: Pilsen, Weiss, Stout e Escuro. Feitos com cevada ou trigo, lúpulo e fermento importados, todo cuidado na produção e nos seus insumos tem uma razão específica: buscar atender um consumidor exigente que saboreia e degusta um bom chope, reconhecendo a diferença entre uma cerveja de produção maciça de uma cerveja artesanal.

INFORMAÇÕES

. Cerveja de trigo, de alta fermentação, não filtrada
. Apresenta aroma frutado de maçã e cravo
. Fermentação método champagnose
. Elaborado com matérias primas importadas.
. 100% de malte de trigo, conforme a lei de pureza alemã
. Teor alcóolico: 4,5%
. Volume: 600ml

Fabricado e engarrafado por RPM Industria e Comércio de bebidas LTDA Composição: Água, malte de trigo e ceveda. Lúpulo e leveduras.

PRIMEIROS PONTOS DE VENDA . Melograno / Kia Ora / O´Malleys / All Black / Rhino Pub / Fã Clube Sepultura (Galeria do Rock) / Retro Pub / Privileggio: Shopping Parque Dom Pedro / Metal Mania / Fabrica do Chopp / D´Nices Café / Sal Gastronomia / Grainnes

Preço sugerido para o kit: 2 garrafas + copo especial + bolachas exclusivas: R$60
Cerveja avulsa: R$18

Fotos divulgação (Crédito obrigatório: Paulo Villar/M31):
Informações: vendas@bushidobrazil.com.br
Rótulo e caixa por >VSEIS

Fonte: Sepultura Oficial

sexta-feira, 19 de março de 2010

Há 28 anos morria Randy Rhoads


Em 19 de março de 1982, morria Randall William Rhoads, aos 25 anos. Um dos principais expoentes do heavy metal, com sua incrível habilidade de tocar guitarra e fazer solos marcantes.

Randy Rhoads, nasceu em Santa Monica/CA, em 6 de dezembro de 1956, e aos 13 anos de idade já participava de suas primeiras bandas. Aos 15, tornou-se um professor muito requisitado, dando aulas de música na escola de sua mãe. Em 1973, entrou para o Quiet Riot, o que começou a torná-lo famoso devido ao seu carisma e talento com as seis cordas.

Após gravar os dois primeiros álbums com o Quiet Riot, Randy acabou fazendo um teste para a nova banda de Ozzy Osbourne, que procurava por um guitarrista com estilo próprio. Logo de cara, Ozzy percebeu que havia encontrado o guitarrista certo para sua banda. Randy Rhoads gravou os dois primeiros álbums com o Ozzy, Blizzard of Ozz (1980) e Diary of a Madman (1981).

Em 18 de março de 1982, Ozzy tocava no Civic Coliseum em Knoxville (Tennessee) e dalí iriam para uma apresentação em Orlando (Flórida), no Rock Super Bowl XIV, junto com os artistas Bryan Adams, Foreigner e UFO. No caminho passaram pela casa do motorista do ônibus, Andrew Aycock, que vivia em Leesbur (Flórida).

Andrew Aycock precisava de umas peças sobressalentes e pensou em parar ali. Andrew, que tinha dirigido a noite toda desde Knoxville, e era piloto, talvez para ser gentil, pegou o avião sem permissão e levou o tecladista Don Airey e o empresário Jat Duncan para dar umas voltas. O certificado médico de Andrew tinha expirado, portanto sua licença para voar não era válida. Perto das 9 horas, Andrew deixou os dois passageiros e convidou Randy Rhoads e Rachel Youngblood (que fazia as maquiagens) para dar umas voltas.

O avião voava baixo e passava zunindo perto do estacionamento onde estava o ônibus, talvez para brincar com o pessoal. Há pouco tempo o piloto havia passado por um divórcio sórdido. Acredita-se que quando a ex-esposa dele entrou no ônibus, ele vôou na direção do mesmo. Passaram três vezes. Na quarta, a asa esquerda do avião raspou no teto do ônibus, bateu num pinheiro e caiu na garagem de Jerry Calhoun explodindo e destruindo tudo.

Ozzy Osbourne, Tommy Aldrige, Rudy Sarzo e Sharon Arden, que tinham acordado com o primeiro impacto, achavam que se tratava de um acidente na estrada. Wanda Aycock e Don Airey, atônitos, tinham testemunhado tudo. Ozzy ainda correu para prestar socorro. Ele entrou na casa e salvou um homem que estava em chamas, mas infelizmente Randy estava morto. O show em "Rock Super Bowl XIV" foi cancelado e os promotores devolveram os ingressos.

Depois de sua morte, sua antiga banda, o Quiet Riot, gravou a canção "Thunderbird" em sua homenagem. A canção está presente no LP Metal Health, o maior êxito da carreira da banda, lançado em 1983, um ano após a morte de Randy. Ozzy também compôs canções em homenagem a Randy Rhoads.

Abaixo, um dos maiores clássicos da carreira de Ozzy, com os incríveis solos de Randy Rhoads.


Fontes: Whiplash.net e Wikipedia


sexta-feira, 12 de março de 2010

Morre o cartunista Glauco Villas Boas

Los 3 amigos: Laerte, Angeli e Glauco


Morreu na madrugada desta sexta-feira (12), o cartunista Glauco Villas Boas, de 53 anos. Glauco foi o criador de diversos personagens, entre eles Geraldão, Zé do Apocalipse, Casal Neuras e Doy Jorge.

De acordo com o advogado da família, Ricardo Handro, Glauco sofreu uma tentativa de assalto e sequestro em sua residência em Osasco/SP, quando foi alvejado por quatro disparos à queima roupa. Seu filho Raoni Villas Boas, 25 anos, chegava ao local e discutiu com os bandidos e, também foi alvejado. Eles chegaram a ser socorridos ao hospital Albert Sabin, na Lapa, mas não resistiram aos ferimentos e morreram.

Segundo o advogado, o crime aconteceu por volta da meia-noite e os bandidos fugiram em um carro roubado e até o momento, ninguém foi preso. A polícia investiga a participação de uma terceira pessoa no crime, já que dois homens invadiram a residência.

O caso foi registrado no 1º DP de Osasco e os corpos do cartunista e de seu filho foram encaminhados ao IML da cidade.

Glauco é conhecido por suas charges publicadas desde 1977 no jornal Folha de São Paulo. Seu ingresso no jornalismo se deu nos anos 70, graças ao jornalista Hamilton Ribeiro, que dirigia o "Diário da Manhã", em Ribeirão Preto, e tirou o paranaense da fila do vestibular para Engenharia.


Alguns anos mais tarde, em 1976, a premiação no Salão de Humor de Piracicaba abriu as portas do jovem cartunista para a grande imprensa. Em 1977, Glauco começou a publicar suas tiras esporadicamente na Folha de S. Paulo. A partir de 1984, quando a Folha dedicou espaço diário à nova geração de cartunistas brasileiros, Glauco passou a publicar suas charges periodicamente.

Lançou ainda, em parceria com os cartunistas Angeli e Laerte, companheiros da revista Chiclete com Banana, os Los Três Amigos, personagens imorais e com histórias sarcásticas, que aparecem tanto na Folha quanto em publicações próprias.

Fonte: Yahoo!, Uol e Terra

sábado, 6 de março de 2010

Credicard Hall confirma show do Megadeth pelo Twitter


E após os 3 grandes shows do Metallica, em janeiro, é claro que Mr. Dave Mustaine não poderia deixar de vir ao Brasil também. Resta aguardar pra saber se os preços serão tão salgados quanto os do Metallica.